O trigo é um dos grãos mais versáteis quando o assunto é o valor nutricional e a saúde. Pode ser encontrado em todo o mundo e é muito fácil de introduzir na nossa dieta diária. Tem muitos benefícios para a saúde, como controlar a obesidade, melhorar o metabolismo, prevenir o diabetes tipo 2, reduzir a inflamação crônica, prevenir o cancro da mama e promover a saúde gastrointestinal nas mulheres.

Também ajuda na prevenção da asma infantil, sendo capaz de proteger o corpo de doenças coronárias, aliviando os sintomas pós-menopausa e prevenindo ataques cardíacos. Ao incluir trigo na sua dieta, pode se beneficiar de todos os nutrientes que ele tem a oferecer e evitar a ocorrência de uma infinidade de doenças. 

O que é trigo?

O trigo é um cereal extremamente comum. Os benefícios para a saúde dependem predominantemente do tipo de trigo que está a consumir. Sendo por isso extremamente importante estar informado e privilegiar produtos que tenham uma cultura sustentável. 

Por exemplo, o trigo integral é considerado uma das formas mais saudáveis de trigo, enquanto as versões extraídas desse grão são menos saudáveis – uma vez que a camada “castanha” externa é frequentemente removida. Esta camada contém uma enormíssima quantidade de nutrientes, como vitamina B3, B2, B1, ácido fólico, cobre, cálcio, fósforo, zinco, fibra e ferro – Perder estes nutrientes, acaba por não ter um impacto positivo na sua dieta.  

O trigo é composto com uma série de nutrientes que são ótimos para a saúde. Contém vitamina E, vitamina B, sais minerais, cobre, cálcio, magnésio, zinco, potássio, entre muitos outros – o que mostra claramente que este é um alimento bastante importante e completo para fazer parte da nossa dieta. 

Os benefícios do Trigo na nossa saúde 

  1. Controla a obesidade

Embora o trigo seja conhecido pela sua capacidade de controlar a obesidade, esse benefício é muito mais sentido em mulheres do que em homens. Consumir produtos de trigo integral regularmente pode realmente ajudar os doentes que sofrem de obesidade e pode levar a uma perda de peso considerável. Por isso, se estiver a seguir uma dieta para perder algum peso, saiba que o trigo pode ser um aliado incrível. 

  1. Melhora o metabolismo 

O trigo tem a capacidade de melhorar a digestão, o que, em última análise, vai alterar o seu metabolismo evitando assim que alguns problemas associados a um metabolismo lento ou acelerado surjam. 

  1. Previne diabetes tipo 2

Embora o diabetes tipo dois seja uma condição crônica e possa ser muito perigosa se não for controlada adequadamente, também é uma doença que pode ser controlada ao adotar estilos de vida mais saudáveis e com isso, alimentação mais saudável também. Um dos nutrientes encontrados em abundância no trigo é o magnésio – um poderoso aliado para quem sobre de diabetes tipo 2. 

Este mineral é importante para mais de 300 enzimas que afetam diretamente a maneira como o corpo usa a insulina. Assim, consumir trigo integral regularmente ajuda a controlar o açúcar no sangue.

  1. Reduz a inflamação crónica

A inflamação crónica refere-se basicamente a qualquer inflamação que tenha durado alguns meses. 

Estes tipos de inflamações podem ser causados por muitas razões, como uma reação a um estímulo prejudicial ou um problema dentro do sistema imunitário. Embora possa não parecer um problema muito sério, se não for controlado, pode levar ao desenvolvimento de doenças seriamente mais graves: como é o caso da artrite reumatoide, por exemplo. 

Felizmente, a inflamação crônica pode ser controlada com a ajuda de profissionais de saúde e também com a ajuda dos alimentos certos, como por exemplo o trigo. O trigo tem na sua constituição nutrientes que ajudam na redução da inflamação, mas também é capaz de ajudar com outras doenças, como doença de Alzheimer, declínio cognitivo, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e osteoporose.

  1. Promove a Saúde Gastrointestinal (especialmente) em Mulheres

O trigo é rico em fibras e ajuda a proporcionar uma digestão mais suave. Isso significa que o corpo requer menos secreção biliar ácida para processar a comida e fazer a digestão. Como resultado, há menos secreção biliar ácida e enzimas nas fezes. Isso pode impedir o desenvolvimento de doenças inflamatórias e, e de modo geral, promove uma melhor saúde gastrointestinal, especialmente em mulheres.

Estes são apenas alguns dos benefícios que o trigo pode gerar na sua saúde. Ainda assim, lembre-se que qualquer questão de saúde não dispensa a procurar aconselhamento médico, uma vez que só assim é possível fazer diagnósticos completos e tratamentos adequados. 

Chega o tema das dietas e com ele os mil e um argumentos sobre cortar nos hidratos de carbono. Mas será esta opção assim tão certa? Será ela assim tão adequada para todos os tipos de dieta? Vamos descobrir neste artigo alguns motivos pelos quais deve comer massas. 

Antes de fazer uma viagem pelos vários motivos pelos quais deve comer massa, lembre-se que este não é nenhum acompanhamento nutricional. Por isso, se estiver a pensar começar uma dieta ou alterar o seu regime alimentar, consulte um médico nutricionista. É muito importante, que saiba que nem todos os alimentos podem fazer sentido, tendo em conta as suas necessidades físicas e nutricionais. 

Razões para comer massa

  1. Sensação de saciedade: A massa proporciona uma sensação de saciedade durante mais tempo. Isto é ótimo porque faz com que caso esteja a tentar perder peso, vai sentir menos desejo de cair nas “tentações” porque irá sentir-se sem fome durante mais tempo. Isto acontece devido ao amido da massa. Graças a ele, o alimento é digerido pelo nosso corpo de forma mais lenta. 
  1. Saudável e acessível: Este é um alimento bastante saudável e acessível em termos monetários. Isso faz com que este alimento seja uma ótima opção para quem procura uma alimentação saudável sem ser necessário gastar muito dinheiro. Lembre-se claro que o problema se a alimentação é mais ou menos saudável, pode estar nos condimentos colocados nas massas e não nas massas em si. 
  1. Teor glicémico: É verdade, as massas alimentícias graças à forma com que são produzidas, faz com que possuam um baixo índice glicémico. Assim sendo, as massas ajudam a controlar o açúcar no sangue e o peso – apesar de muitas vezes se pensar que este alimento pode ser um verdadeiro inimigo das pessoas que procuram perder peso. 
  1. Hidratos de carbono: Muitas vezes pensa-se que a principal causa da obesidade está relacionada com a ingestão de hidratos de carbono. Mas isto é um mito. A obesidade está relacionada com o consumo de calorias em excesso. Assim sendo é fundamental que procure ter uma dieta equilibrada e recheada de opções saudáveis. Por isso, caso esteja a tentar perder peso, procure não ver os hidratos como um inimigo. Consulte um nutricionista pois ele saberá como o aconselhar neste campo. 
  1. Versatilidade: Conhece algum alimento que seja tão versátil como a massa? Acreditamos que não. Não é por acaso que este é um dos alimentos mais apreciados pelo mundo, seja qual for a cultura. Graças ao seu sabor mais neutro é possível adaptá-lo a diversos pratos e condimentos. 
  1. Energia: A massa é capaz de proporcionar a energia dos hidratos de carbono. Para quem pratica desporto, pode sim (e deve) comer este alimento. As massas podem ser um verdadeiro aliado, uma enorme fonte de energia e um verdadeiro braço direito após momentos de maior esforço físico. 
  1. Para todas as pessoas, mas atenção: Este é um alimento que pode ser comido pela maioria das pessoas, mas tenha atenção às intolerâncias alimentares. Caso seja uma pessoa sensível ou intolerante ao glúten deve procurar optar por alimentos sem glúten – neste momento há muitas opções disponível no mercado. 

Sendo este um alimento tão aclamado e um dos mais famosos do mundo é imperativo continuar a apoiar a cultura de trigo, não só no nosso país, mas em todo o mundo. Graças a esta matéria-prima, conseguimos produzir produtos de excelência capazes de suprir necessidades nutricionais.


Já pensou na quantidade de vezes que come massas ao longo da sua vida? Provavelmente quase todos os dias, não é verdade? O certo é que esta é uma opção bastante versátil que vai bem com quase tudo. Graças ao seu sabor neutro e facilidade de conjugação com outras proteínas, as massas acabam por ser quase uma das primeiras escolhas. 

Ainda assim, saiba que este alimento é tão especial que tem tanto de versatilidade como de curiosidades. Neste artigo vamos escolher algumas dessas curiosidades para lhe apresentar. Fique por aí. 

As massas e a roda dos alimentos 

Bem sabemos que na Roda dos Alimentos, o grupo dos cereais e seus derivados é um dos mais importantes grupos. Seguindo todas as recomendações dos especialistas de saúde, sabemos que devemos comer entre 4 a 11 porções diárias deste grupo – Claro que isto varia tendo em conta a idade, necessidades nutricionais ou dieta adotada. Para que tenha uma ideia, cerca de 110g de massa cozinhadas (mais ou menos 4 colheres de sopa) dão resposta a estas necessidades. Sabia disto?

Os atletas: é a massa um alimento importante?

Se é atleta ou conhece alguém que seja, sabem que as massas são um dos seus alimentos prediletos. É frequente ouvir-se a recomendação de comer massas com bastante frequência, mas sabe porquê? As massas são muito importantes para os atletas porque possuem um alto teor energético e um baixo teor lipídico. Também graças à sua presença de hidratos de carbono complexos, isto permite libertação de energia mais lenta e favorece a regeneração muscular. Isto é ótimo quando o atleta está confrontado com maiores picos de esforço físico: como por exemplo após uma prova, ou competição. 

Estes são apenas alguns dos motivos que fazem os atletas adorarem estes produtos:

Mas só massa? Será o azeite uma boa gordura para confecionar? 

O modo mais normal de confecionar as massas é água, sal, massas e um pouco de azeite, certo? Mas talvez esteja a fazer as coisas da forma errada. 

O azeite é uma das gorduras escolhidas para a confeção de massa, mas a verdade é que a sua adição deverá acontecer só após a cozedura das mesmas. Isto porque ao adicionar antes, no processo de cozedura da massa, estará a fazer com que os ácidos gordos se degradem. Esta degradação acontece porque estes, são sensíveis ao calor. 

Hidratos de carbono ao jantar… sim ou não?

Para quem está a pensar iniciar uma dieta, esta é quase sempre uma questão colocada. Estamos certos? A verdade é que existem alguns benefícios de comer alimentos integrais e ricos em hidratos de carbono que podem alterar os níveis de glicemia e amentar, por consequência, a saciedade. 

Hidratos de Carbono = Alimentação saudável. Mito?

Este tema é muito falado por inúmeras Organizações Internacionais e para praticamente todas elas, defendem que os hidratos de carbono devem representar cerca de 50% do valor energético total diário.

É por esse motivo que a ingestão de massas é amplamente recomendada uma vez que são uma forma simples, rápida e bastante consensual de fornecer a quantidade diária de hidratos de carbono. 

Massas alimentícias, uma alternativa saudável e económica na sociedade

Este é um dos grandes motivos pelo qual apostamos em desenvolver matérias-primas (trigo) que permitam desenvolver massas de alta qualidade. Promover a acessibilidade e o baixo consumo destes produtos é imperativo. Não fosse este um produto admirado por diversas culturas de todo o mundo devido à sua versatilidade e adaptabilidade aos alimentos locais. 

É tudo sobre hidratos de carbono.

Sabia que embora o nosso cérebro tenha apenas 2% do nosso peso corporal total, ele é capaz de consumir quase um terço da nossa ingestão de calorias? Não fosse ele dependente de glicose para funcionar corretamente.

Frutas, vegetais, pão e massas são algumas fontes de hidratos de carbono. Esses hidratos de carbono são importantes para manter o os nível de glicose e armazenar e fornecer ao corpo a energia que necessitamos para um dia completo. 

A ciência diz que o corpo converte hidratos de carbono em glicose, um tipo de açúcar que todos os tipos de organismos, incluindo bactérias, usam como energia.

Hidratos de carbono simples, encontrados em alimentos como frutas e leite, podem ser convertidos em glicose rapidamente para explosões poderosas, mas curtas, de energia, enquanto hidratos de carbono complexos são de queima mais lenta e encontrados em alimentos como arroz, batatas e massas integrais levam mais tempo para se tornarem uma fonte de energia.

Comer massa é bom ou mau?

Tradicionalmente a massa é feita de trigo duro, água ou ovos. Como a massa é rica em hidratos de carbono, o que pode ser má para si quando consumida em grandes quantidades – como sabe, como tudo tem de existir um equilibro.

Ainda assim, mas massas apresentam inúmeros benefícios para o nosso corpo, ora veja:

Os hidratos de carbono como as massas fornecem glicose – um combustível muito importante para os músculos e cérebro. A massa também é muito baixa em sódio e sem colesterol, então caso sofra de problemas de colesterol, saiba que as massas podem ser um excelente aliado. 

Para que tenha uma ideia apenas uma chávena de massas pode fornecer uma boa fonte de vários nutrientes essenciais, incluindo ferro e vitaminas B.

Porque motivo os atletas consomem tanta massa?

A nutrição para todos os atletas é tão importante quanto o todo o processo de treino. Ignora-la pode ter um impacto significativo em seu desempenho geral. Os hidratos de carbono desempenham um papel essencial na dieta dos atletas, sejam eles atletas profissionais ou amadores.

A massa é uma rica fonte de proteína que ajuda o corpo a construir e manter a massa muscular magra. Por isso um jogador precisa de mais de 70 gramas de hidratos de carbono em sua refeição pré-jogo, o que equivale a 2 chávenas de massa. 

A verdade é que muitas vezes estas pequenas mudanças na alimentação podem fazer toda a diferença uma vez que alimentos como as massas, ricos em hidratos de carbono, podem ajudar e muito durante o desempenho desportivo e até mesmo após. 

Encontrar o equilíbrio é o mais importante

A massa pode e deve ser consumida em quantidades razoáveis. Nos dias de hoje, manter uma dieta saudável e equilibrada não é uma tarefa fácil. Conhecer e entender os alimentos deve ser priorizado é muito importante pois isso irá ajudar na hora de tomar decisões. Como mencionado anteriormente, as massas sozinhas em quantidades razoáveis não são prejudiciais, umas uma dieta extremamente rica em hidratos de carbono, sem qualquer tipo de equilibro, pode ser. 

Como tudo na vida, a moderação é fundamental quando se trata de massas. Por isso, se é um um indivíduo ativo ou um atleta que quer perder alguns quilos ou ganhar força, então as massas podem ser uma boa solução. Porém, saiba que é extremamente importante informar-se junto de um nutricionista qual a melhor dieta e regime alimentar que deve seguir. 

Por aqui, nós só podemos garantir que estamos e continuaremos a trabalhar para produzir a melhor matéria-prima para a produção de massas alimentares.

O Grupo dos Cereais do INIAV-Polo Elvas, para além do melhoramento genético vegetal e da conservação in vivo dos recursos genéticos, tem como função investigar e resolver problemas da fileira dos cereais. Atualmente, em conjunto com outras instituições, promove uma série de iniciativas com resultados importantes no setor dos cereais e na economia nacional.

Figura 1 – Ensaios realizados nos campos do INIAV-Elvas

O consumo quase omnipresente de cereais confere-lhes uma posição privilegiada na nutrição mundial. As projeções atuais preveem que, em 2050, a população mundial atinja mais de 9 mil milhões de pessoas e que, até lá, a procura por alimentos deverá aumentar cerca de 70%, o que exigirá um aumento na produção de cereais.

Na Europa, o trigo é o cereal mais consumido (109 kg/capita/ano), fornecendo diariamente cerca de 16 g de proteína per capita, valor que poderá aumentar nas áreas urbanas e nos países menos desenvolvidos, onde se preveem maiores crescimentos demográficos.

Em Portugal, o cenário no setor dos cereais não é muito favorável, já que a área ocupada com culturas cerealíferas tem vindo a decrescer continuamente. Nos últimos anos as produções por hectare, devido aos constrangimentos climáticos e ao ressurgimento de certas doenças, não têm sido muito elevadas, sendo atualmente o nível de autoaprovisionamento inferior a 30% (no trigo passou de 49% para menos de 4%).

Os programas de melhoramento de cereais focam-se no desenvolvimento de novas variedades mais produtivas, com plasticidade de adaptação num contexto de alterações climáticas, resistentes/tolerantes a doenças e de melhor qualidade, para darem resposta à procura de produtos finais otimizados e nutricionalmente mais ricos, destinados a alimentar a população mundial crescente.

Aumentar a produtividade

Os aumentos de rendimento na produção de cereais terão de ser alcançados com recurso a variedades mais adaptadas, com melhor resposta produtiva aos riscos climáticos em ambiente mediterrânico e mais resistentes às doenças e pragas prevalecentes.

Neste contexto, o Programa de Melhoramento de Cereais do INIAV tem desenvolvido um trabalho contínuo de seleção de novas variedades que tentam dar resposta às questões anteriores. Pretendem-se variedades mais eficientes a produzir em condições ambientais irregulares, ou seja, com um potencial genético que lhes permita limitar a quebra de produção em anos secos, e usufruir de um final de ciclo mais ameno e com maior humidade. Na tabela 1 apresentam-se as variedades de cereais mais recentemente inscritas, ou em fase de candidatura ao Catálogo Nacional de variedades.

Tabela 1 – Variedades de cereais do INIAV inscritas ou em candidatura ao CNV.

Melhorar a rentabilidade da produção de uma forma sustentável

Nesta linha, o INIAV-Elvas tem realizado inúmeros estudos, que pretendem selecionar e validar as melhores opções agronómicas, assentes no recurso eficiente dos fatores de produção (água e azoto).

Exemplo disso, são vários os projetos e iniciativas desenvolvidas em parceria com outras Instituições e diversas Organizações de Produtores, como é o caso do projeto “Valorização de trigo-duro de qualidade superior para o fabrico de massas alimentícias”, ou da “Formação técnica para produção de cereais de outono/inverno visando a rentabilidade e estabilidade de produção”.

Estes projetos têm permitido testar diferentes soluções técnicas adequadas à produção de cereais de outono/inverno de qualidade, discutir a sua eficiência e transferir o conhecimento adquirido aos agricultores de modo eficaz.

Valorizar e diferenciar a qualidade tecnológica

O conceito de qualidade de um cereal, ou seja, a aptidão para ser transformado e produzir um bom produto final, é bastante complexo e abrangente, uma vez que reflete os requisitos inerentes a toda a cadeia de valor.

Depende da gama de produtos finais (trigo-mole), diferentes interesses dos players da cadeia de valor, evolução tecnológica do processamento, questões culturais, tendências sociais, etc.

De entre os cereais, o trigo assume o principal destaque, pois possui características funcionais únicas, que lhe conferem uma enorme versatilidade de utilização no fabrico de diversos produtos, cada um com um perfil de especificações bem diferentes (Figura 2).

Figura 2 – Diversidade de produtos obtidos a partir do trigo definidos em função dos requisitos de dureza, força (W), e teor proteico [1]

A qualidade do trigo é definida com base numa série de requisitos que condicionam o rendimento em farinha ou sêmola, o processamento industrial e as características dos produtos finais.

A escolha da variedade de trigo tem um papel fundamental na garantia da qualidade, mas o uso adequado dos fatores de produção é fundamental para que ocorra uma expressão máxima do potencial de qualidade.

É necessário ajustar o itinerário técnico em função do ano agrícola e ter em conta que a dicotomia produtividade/qualidade tecnológica não evolui no mesmo sentido, pelo que adubações mais tardias são aconselháveis a uma adequada acumulação de proteína no grão e obtenção de um trigo de elevada qualidade.

A valorização dos cereais em Portugal passará sempre pela qualidade. Os cereais têm de se diferenciar, para fazer frente aos cereais de outras proveniências. Neste contexto, é importante definir estratégias que envolvam toda a cadeia de valor e estimulem a produção nacional.

A LVR – Lista de variedades recomendada de trigo de qualidade é uma das iniciativas que mais se tem destacado. A recomendação de variedades baseada em informação independente, através de uma lista corroborada por todos os elementos desta fileira, surge da inevitabilidade de melhorar a competitividade do trigo nacional, diminuindo a grande dispersão de variedades existentes e se obterem lotes de grão mais homogéneos, de maior dimensão e qualidade. A LVR é, atualmente, uma importante ferramenta de apoio para os agricultores.

Outra abordagem que contribui para a valorização e diferenciação da qualidade, é a criação de produtos certificados que acrescentam valor aos cereais, através da sua rastreabilidade ou identidade.

Um exemplo de sucesso neste setor foi a criação da marca “Cereais do Alentejo” que tem aumentado a incorporação de trigo nacional no fabrico de diversos produtos (pão, massa, cerveja e farinha de uso culinário), certificados e elaborados com os cereais do Alentejo. O consórcio inicial envolveu um agrupamento de produtores, uma empresa de primeira transformação e uma panificadora, que, apoiados pelo Clube de Produtores do Continente, transformou mais de 200 toneladas de trigo em pães certificados. O conceito tem-se alargado a outros membros e gama de produtos e a incorporação de trigo nacional tem aumentado consideravelmente.

Figura 4 – A marca “Cereais do Alentejo”

Valorizar a qualidade nutricional

A mudança dos padrões alimentares e a crescente consciencialização da influência do sedentarismo na qualidade de vida levou à necessidade de se reconsiderar, numa perspetiva mais sustentável e nutricional, a qualidade dos alimentos à base de cereais.

Os cereais, quando consumidos na sua forma integral, possuem uma elevada qualidade nutricional, constituindo uma importante fonte de calorias, proteínas, fibra dietética,

vitaminas (em particular do complexo B), minerais e antioxidantes.

Os principais estudos de epidemiologia alimentar mostram associações inequívocas entre o aumento do consumo de grãos na forma integral ou de fibra oriunda dos cereais e benefícios específicos para a saúde humana. Por este motivo, existem atualmente vários avisos (EFSA Claims e outros) que visam aumentar o seu consumo, como meio de promover o controle glicémico (diabetes e obesidade), a regulação do colesterol, a prevenção de doenças cardíacas e a redução do risco de alguns tipos de cancro.

Esta corrente de valorização nutricional dos cereais está a ganhar importância em toda a Europa, com um mercado em expansão para o desenvolvimento de novos produtos onde os nutrientes e compostos bioativos, naturalmente presentes nos cereais, sejam preservados. Na mesma linha está também a expansão do segmento de mercado dos produtos biológicos, devido à sua procura crescente por parte dos consumidores.

Em Portugal, esta tendência tem levado ao aparecimento de uma nova geração de padeiros que pretendem retomar o antigo conceito de panificação tradicional como forma de produzir pães nutricionalmente mais ricos. Privilegiam os trigos nacionais atuais ou ancestrais, moendas mais artesanais (frequentemente com mós de pedra).

Também neste nicho de mercado, o grupo de Cereais do INIAV-Elvas tem contribuído para a valorização do trigo nacional ao colaborar com várias entidades que exploram esta vertente da panificação.

O papel do INIAV na estratégia de valorização dos cereais nacionais é reconhecido pelos diversos players do sector. Nos últimos anos, tem-se assistido a importantes avanços no trabalho desenvolvido, nomeadamente na interligação entre os membros das diferentes fileiras, conseguindo realizar-se uma investigação aplicada às necessidades reais dos seus intervenientes.

Esta linha de ação está em consonância com a Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais que pretende reduzir a dependência externa, consolidar e aumentar as áreas de produção, viabilizar a atividade agrícola em todo o território e criar valor no sector dos cereais.

Ana Sofia Bagulho1,3, José Moreira1,3, Rita Costa1,3, Nuno Pinheiro1,3, Conceição Gomes1, Ana Sofia Almeida1,3, Armindo Costa1, José Coutinho1,3, José Dôres2, Natividade Costa2, Manuel Patanita2,3, Benvindo Maçãs1,3

1 – INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Polo de Elvas

2- I.P. Beja/ESA – Instituto Politécnico de Beja, Escola Superior Agrária, Departamento de Biociências

3 – GeoBioTec – Universidade Nova de Lisboa, Campus da Caparica

O trigo duro é uma cultura com grande importância em toda a bacia mediterrânica, concentrando-se nesta região grande parte da produção mundial desta espécie. A especificidade ambiental do clima mediterrânico condiciona muito a produtividade e os parâmetros de qualidade, com enormes flutuações quer anuais intra e interanuais. Para além do ajustamento dos itinerários técnicos a este padrão ambiental, o melhoramento genético tem contribuído para a obtenção de variedades mais adaptadas, mas não conseguiu, ainda, colmatar a enorme influência da expressão genótipo x ambiente nos ambientes mediterrânicos.

Enquadramento

A qualidade do trigo duro para o fabrico de sêmolas e massas alimentícias é, tendencialmente, favorecida pelo clima moderadamente seco, com temperaturas e número de horas de sol elevadas durante o período de enchimento do grão, típico do sul de Portugal.

A qualidade do trigo duro reflete requisitos de toda a cadeia de valor. É definida em função de parâmetros tecnológicos determinados ao nível do grão, que se relacionam com o rendimento em sêmolas (massa do hectolitro, vitreosidade, teor de cinzas), processamento (teor proteico, teor e qualidade do glúten) e características requeridas ao nível do produto final (coloração, integridade, ausência de defeitos). Alguns destes parâmetros são considerados características essenciais para a sua transformação tecnológica, pelo que se usam na comercialização como especificações (Tabela 1). O teor proteico e a vitreosidade são os mais discriminantes entre as várias classes tecnológicas de trigo.

Tabela 1: Especificações utilizadas na definição das duas classes de trigo-duro comercialmente consideradas em Portugal.

Apesar do determinismo genético associado aos parâmetros de qualidade do trigo duro, existe uma enorme influência ambiental que, anualmente, condiciona a qualidade de cada campanha. O principal problema é a instabilidade e irregularidade interanual do clima mediterrânico, com episódios de stresses abióticos de duração, frequência e intensidade variáveis e que condicionam, fortemente, a produção e a qualidade. Para além disso, a fertilização também é fundamental para a expressão do potencial genético de cada variedade, já que o azoto afeta o desenvolvimento da planta e a acumulação de proteínas no grão que, de forma direta ou indireta, influencia outros parâmetros, como a vitreosidade do grão, o teor e a qualidade do glúten.

Ensaios Experimentais

Durante dois anos agrícolas 2018/19 e 2019/20, instalaram-se nos campos experimentais do INIAV-Elvas (Figura 1) e I.P. Beja, ensaios em blocos casualizados com três repetições, com uma densidade de sementeira de 400 grãos viáveis/m2 e dois fatores em estudo: variedade e fertilização.

Figura 1. Vista geral do ensaio, INIAV-Elvas.

Utilizaram-se cinco modalidades de fertilização azotada, tendo-se aplicado 150 UN/ha fracionadas em função das fases fenológicas da cultura (Figura 2). Recorreram-se a regas suplementares de apoio durante o seu ciclo de desenvolvimento. As variedades utilizadas são apresentadas na Tabela 2.

As 480 amostras obtidas nos dois anos foram analisadas quanto ao peso de mil grãos, massa do hectolitro, teor de proteína e vitreosidade do grão de modo a estudar a influência dos fatores ensaiados (variedade, tratamento) tendo em conta sua interação com o ambiente. 

Tabela 2: Variedades utilizadas nos ensaios.

Figura 2. Tratamentos de fertilização azotada dos ensaios: adubos utilizados em cada época e seu fracionamento. Dose de N = 150 UN/ha (exceto em T0).

Condições meteorológicas no período de enchimento do grão

Nas Figuras 3 a, b, c e d apresentam-se as condições meteorológicas, precipitação, temperaturas máximas e mínimas diárias, ocorridas durante o período de enchimento do grão das variedades nos ensaios realizados (2 anos, 2 locais).

Figura 3a, b, c e d. Temperaturas e precipitação registadas em Elvas e Beja durante o período de enchimento do grão nos quatro ensaios realizados.

O ano agrícola 2018/19 foi extremamente seco nos dois locais: apenas ocorreram entre a sementeira e o final do ciclo da cultura 130 mm de precipitação em Elvas e 166 mm em Beja. Em Elvas, ocorreram 41 mm de precipitação e realizaram-se 52 mm de água em regas de apoio concentradas na primeira metade do período de enchimento do grão. Em Beja, como não ocorreu precipitação, realizaram-se neste período sete regas de apoio, num total de 100 mm

No período primaveril, durante o enchimento do grão, as temperaturas foram altas, verificando-se muitos dias com temperaturas máximas iguais ou superiores a 30°C as quais penalizaram o adequado desenvolvimento do grão (em Elvas 17 dias e em Beja 18 dias). Em Elvas a média das máximas rondou os 22°C em abril e os 29°C em maio, enquanto em Beja rondou os 26°C na última semana de abril, os 29°C em maio e primeiros dias de junho.

O ano 2019/20 foi bastante contrastante em relação ao anterior, com temperaturas amenas e ocorrência de precipitação bem distribuída. Durante o ciclo da cultura ocorreram 498 mm de precipitação em Elvas e 319 mm em Beja. No período de enchimento do grão registaram-se 218 mm de precipitação em Elvas e 12 dias com temperaturas máximas superiores a 30°C que se concentraram no final de maio. Em Beja, a situação foi semelhante quanto à temperatura, com 14 dias de temperaturas máximas acima de 30°C, que se concentraram no final de maio, mas a ocorrência de precipitação foi menor (113 mm), pelo que realizaram duas regas de apoio (total 23 mm).

No primeiro ano, as plantas sofreram stress térmico e hídrico durante grande parte do período de enchimento do grão, enquanto o segundo ano foi bastante ameno, com condições extremas apenas na última fase de maturação do grão.

Resultados

Na Tabela 3 apresentam-se os resultados médios de duração do enchimento do grão e peso de mil grãos para as diferentes variedades provenientes do ensaio de Elvas e Beja, nos dois anos agrícolas.

Tabela 3: Valores médios de duração do período de enchimento do grão e peso de mil grãos das variedades estudadas nos quatro ensaios realizados.

O segundo ano foi mais favorável à correta formação e desenvolvimento do grão, pois provocou um alongamento deste período para todas as variedades nos dois locais de ensaio. Este alongamento apenas se refletiu no peso de mil grãos das variedades do ensaio de Elvas. Em Beja esta variação não se verificou, talvez, devido à subida brusca da temperatura máxima com menores valores de precipitação verificadas no enchimento do grão.

Nas tabelas 4 e 5 apresentam-se os resultados da análise de variância dos parâmetros de qualidade, para os dois anos analisados em separado. Os valores de F mostram que os três fatores (variedade, fertilização e local) influenciaram significativamente os parâmetros de qualidade estudados, tanto de forma individual como através das suas interações, ou seja, a resposta das variedades e dos tratamentos divergiu nos dois locais (interação genótipo x ambiente).

Tabela 4: Análise de variância (valores do teste F) do peso de mil grãos (PMG), massa do hectolitro, teor de proteína e vitreosidade do grão para o ano de 2018/19. Modelo com três fatores de variação (variedade, fertilização, local) e suas interações.

Tabela 5: Análise de variância (valores do teste F) do peso de mil grãos (PMG), massa do hectolitro, teor de proteína e vitreosidade do grão para o ano de 2019/20. Modelo com três fatores de variação (variedade, fertilização, local) e suas interações.

O local, estando implícitas as diferenças meteorológicas observadas durante o ciclo da cultura, foi o fator que mostrou ter maior influência na variação de todos os parâmetros de qualidade, com exceção do teor proteico observado no ensaio de 2019/20.

Em 2018/19, os valores de proteína, vitreosidade e hectolitro foram mais elevados em Elvas e o peso de mil grãos em Beja (Figuras 4a e b). Em 2019/20 a vitreosidade, o hectolitro e o peso de mil grãos foram mais elevados em Elvas do que em Beja (Figuras 5a e b).

A variedade foi o segundo fator mais determinante para explicar a variação do peso de mil grãos e massa do hectolitro nos dois anos, bem como a proteína e a vitreosidade em 2019/20 (Tabelas 4 e 5).

Don Ricardo destacou-se pelo peso de mil grãos nos dois locais e nos dois anos, juntamente com a variedade Fado em Beja (em 2018/19 e 2019/20) e Trimulato em Elvas (em 2019/20) (Figuras 4b e 5b).

As variedades Vadio e Claudio destacaram-se ao nível da massa do hectolitro em todos os ensaios, juntamente com as variedades Celta e Don Ricardo apenas em dois dos ensaios (Figuras 4b e 5b), o que é um bom indicador da sua adaptação aos dois ambientes.

Relativamente à vitreosidade, característica cujo decréscimo leva ao enfraquecimento da estrutura do grão devido ao aparecimento de espaços preenchidos por ar, verificou-se que os ensaios de Beja apresentam maiores diferenças entre variedades, com Don Ricardo a destacar-se nos dois anos e as variedades Trimulato e Celta em 2018/19. Em Elvas ocorreram menores diferenças entre variedades (quase todas com vitreosidade acima de 90), com exceção de Claudio, Sculptur, Anvergur (variedades de ciclo mais longo) que tiveram valores significativamente inferiores no ensaio de 2019/20, como também se verificou nos ensaios de Beja (Figura 4a e 5a).

Figura 4a, b, c e d. Resultados dos ensaios de Elvas (E) e Beja (Bj) em 2018/19. Valores médios a) de proteína e vitreosidade e b) de peso de mil grãos e hectolitro das diferentes variedades. Valores médios c) de proteína e vitreosidade e d) de peso de mil grãos e hectolitro dos diversos tratamentos de fertilização.

Os fatores, local seguido da fertilização, foram os que mais influenciaram a variação da proteína em 2018/19 (Tabela 4). A importância do local neste ano foi uma consequência das diferenças nas produtividades do ensaio de Beja e Elvas (dados não apresentados), que originaram menores teores proteicos em Beja (Figuras 4a) devido ao efeito de diluição da proteína pela maior quantidade de grãos. Em 2019/20 os fatores mais determinantes na variação da proteína foram a fertilização e a variedade (Tabelas 5). A variedade Trimulato apresenta, de modo consistente, maior valor de proteína nos dois locais e nos dois anos (Figuras 4a e 5a).

Ao nível da fertilização, verifica-se que as aplicações mais tardias de azoto (T2, T3 e T4) conduziram a uma maior mobilização do azoto para o grão e, consequentemente, maiores valores de proteína e vitreosidade nos dois anos (Figuras 4c e 5c). Portanto, grãos com maior teor proteico ficam mais protegidos contra a perda de vitreosidade. A sua influência, apesar de menor, também foi significativa no peso de mil grãos e massa do hectolitro (Figuras 4d e 5d).

Figura 5a, b, c e d. Resultados dos ensaios de Elvas (E) e Beja (Bj) em 2019/20. Valores médios a) de proteína e vitreosidade e b) de peso de mil grãos e hectolitro das diferentes variedades. Valores médios c) de proteína e vitreosidade e d) de peso de mil grãos e hectolitro dos diversos tratamentos de fertilização.

Conclusões

Os resultados obtidos nos dois anos de ensaios demonstram a enorme influência da variabilidade climática, típica do clima mediterrânico do sul de Portugal na qualidade do trigo duro.

Para além disso, apesar de haver uma forte componente genética (influência da variedade) na determinação dos quatro parâmetros de qualidade do trigo duro analisados (peso de mil grãos, massa do hectolitro, teor de proteína e vitreosidade do grão) a fertilização, com épocas de aplicação mais tardias no ciclo de desenvolvimento da cultura, mostrou-se indispensável à expressão do potencial genético de qualidade. Há, ainda, uma enorme influência ambiental que, neste estudo, se sobrepôs ao próprio efeito varietal.

As interações variedade x local e tratamento x local influenciaram significativamente os parâmetros de qualidade, o que demonstra a complexidade da expressão do potencial de qualidade do trigo duro.

Agradecimentos

Este estudo foi suportado pelo projeto Valorização do Trigo Duro de Qualidade Superior para o Fabrico de Massas Alimentícias, Ação 1.1 – Grupos Operacionais, PDR2020

COTR. (2020) – Sistema Agrometeorológico para a Gestão da Rega no Alentejo (SAGRA). Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio (COTR), Quinta da Saúde, Beja, [cit. 2020-10-04]. <http:// www.cotr.pt/servicos/sagranet.php >

Bem sabemos que também já se debateu em algum momento sobre qual a massa mais indicada. Até porque muito se fala sobre os benefícios das massas integrais. Mas será que as massas integrais são mesmo as melhores opções? 

As massas integrais são uma enorme fonte e vitaminas e minerais possuindo desta forma cerca de três vezes mais fibra que as massas tradicionais: uma vez que são feitas à base de farinhas refinadas. Estas características conseguem-se devido a serem produzidas com o grão inteiro do trigo, o que faz com que por consequência tenham também mais proteína na sua constituição que as massas tradicionais. 

O sabor: Quando falamos de sabor, pouca diferença temos para relatar. Algumas massas integrais acabam por ser parecidas com as massas tradicionais, em termos de sabor. Porém, este facto acaba por não ser surpreendente uma vez que mesmo as massas tradicionais não possuem um sabor forte. 

A textura: Quando falamos de textura, o caso muda um pouco de figura uma vez que algumas das massas integrais podem ser um pouco mais duras e até resistentes no momento da mastigação. 

Ainda assim, as massas integrais são conhecidas pelo seu alto teor de fibra o que faz com que seja uma excelente opção para quem está a fazer dieta. Uma vez que garantem uma sensação de saciedade durante mais tempo, ajudando por sua vez a processos de emagrecimento. 

Ainda assim, seja a sua escolha uma massa integral ou tradicional, é importante que saiba têm como base o trigo duro – cereal que é rico em proteína e glúten. Este é um tio de trigo superprivilegiado na preparação de massas, sejam elas tradicionais ou integrais. E sim, deve estar a questionar-se sobre então como se processa o fabrico uma vez que a matéria prima é a mesma. É bastante simples! 

  • Massa integral: Usa o trigo na integra; 
  • Massa tradicional: O trigo não é usado na totalidade, sendo apenas trabalhado algumas partes: motivo pelo qual nestas massas o teor de fibra é inferior. 

Mas qual a melhor escolha?

A resposta ainda não é consensual entre os especialistas da área uma vez que ambas possuem benefícios. Contudo a massa integral tem vindo a ganhar cada vez mais lugar devido a destacar-se graças ao seu elevado teor de fibra alimentar. Uma vez que a ingestão de fibras está diretamente relacionada com o menor risco de diabetes e doenças cardiovasculares: tanto a longo como a médio prazo. 

Contudo, caso ainda não esteja familiarizado com as massas integrais, conheça aqui alguns dos seus principais benefícios:

  • Fonte de fibra: Ao contrário do que acontece com massas refinadas, as integrais possuem uma enorme quantidade de fibras na sua composição. Sendo esta responsável por um aparelho digestivo saudável;
  • Maior saciedade: Faz nestas massas uma enorme aliada para quem quer perder peso uma vez que promove a saciedade alimentar. Fazendo com que se sinta fome com menos frequência. Isto acontece porque as massas possuem baixo índice glicémico. 
  • Opção perfeita para atletas: As massas integrais permitem que os níveis de açúcar no sangue se mantenham estáveis, o que faz com que seja retardado o aparecimento de sintomas de fadiga – Potenciando por consequência o desempenho físico do atleta. 

Ainda assim para quem não for fã de alimentos integrais saiba que pode e deve contemplar as massas tradicionais na sua dieta uma vez que também elas são uma grane fonte de fibras e hidratos de carbono que trazem inúmeros benefícios para a sua saúde e bem-estar. Mais ainda quando associadas a um estilo de vida e uma dieta saudável e equilibrada.